A Meia-Lua Vermelha Palestina informou que as forças israelenses utilizaram tiros de munição real, balas de borracha e gás lacrimogêneo contra a população civil em Ramallah, cidade considerada o epicentro político e administrativo da Autoridade Nacional Palestina (ANP).
A entidade detalhou que o saldo inclui 8 feridos por balas reais, 14 por projéteis de borracha, 5 por estilhaços de munição real e 31 intoxicados por gás lacrimogêneo.
Entre as vítimas desta agressão desproporcional estão uma criança de 12 anos atingida por uma bala real, um homem de 71 anos e uma mulher grávida que sofreu asfixia pela inalação de gases tóxicos. Esta escalada de terror faz parte da política sistemática de limpeza étnica e repressão por parte do regime de Tel Aviv.
Em um ato que evidencia seu total desprezo pela vida humana e pelo direito internacional, segundo denúncia da Meia-Lua Vermelha, as forças de ocupação israelenses inicialmente impediram o acesso das ambulâncias da organização para socorrer os feridos na praça Al Manara, transformando o centro da cidade em um campo de caça aberto.
Esta incursão na Área A, que segundo os Acordos de Oslo deveria estar sob controle total palestino, demonstrou mais uma vez a natureza ilegítima e expansionista da ocupação sionista, que diariamente pisa em toda norma internacional e transforma a Cisjordânia em um território sob um regime de apartheid e terror permanente.
Desde o início da guerra de Israel contra Gaza em outubro de 2023, a violência das forças militares israelenses e dos colonos na Cisjordânia aumentou consideravelmente, obrigando dezenas de milhares de palestinos a abandonarem suas casas.
O maior número de ataques, 585, foi registrado na área de Ramallah, seguido de 479 na região de Nablus, ao norte da Cisjordânia.
Segundo o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), pelo menos 671 palestinos, incluindo 129 crianças, foram mortos pelas forças israelenses e colonos na Cisjordânia durante o mesmo período.
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